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terça-feira, 15 de junho de 2010

A Primeira Guerra Mundial ou grande guerra ocorreu entre 28 de Julho de 1914 e 11 de Novembro de 1918.Os conflitos ocorreram entre a Tríplice Entente ( Império Britânico, França, Império Russo,Estados Unidos) que derrotou a Tríplice Aliança (Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otomano), e causou o colapso de quatro impérios.



No início da guerra a Itália era aliada dos Impérios Centrais na Tríplice Aliança (1914), mas, considerando que a aliança tinha carácter defensivo e que não havia sido consultada sobre a declaração de guerra, ficou neutra. Mais tarde, as pressões diplomáticas da Grã-Bretanha e da França fizeram-na afirmar em 26 de Abril de 1915 que tinha feito um pacto (de Londres) no qual a Itália se empenharia a entrar em guerra decorrido um mês em troca de algumas conquistas territoriais. O incumprimento das promessas feitas à Itália foi um dos factores que a levaram a aliar-se ao Eixo na Segunda Guerra Mundial.


Em 1917, a Rússia abandonou a guerra em razão do início da Revolução. No mesmo ano em que os EUA, que até ao momento só participavam na guerra como fornecedores, ao ver os seus investimentos em perigo entraram na guerra pela tríplice entente garantindo a sua vitória.






Introdução


Alguns dos combates na Primeira Guerra Mundial ocorreram nas frentes ocidentais, em trincheiras e fortificações do Mar do Norte até a Suíça. As batalhas davam-se em confrontos no mar e no ar.


Três impérios europeus foram destruídos e consequentemente desmembrados: Alemão, o Austro-Húngaro e o Russo. Dinastias imperiais europeias (Habsburgos, Romanov e Hohenzollern), que vinham dominando politicamente a Europa caíram durante os quatro anos de guerra.


O fracasso da Rússia contribuiu para a queda do sistema czariano, servindo de antecedente para a Revolução Russa que inspirou outros em países e que serviu como base para a Guerra Fria. No Médio Oriente o Império Turco-Otomano foi substituído pela República da Turquia. Na Europa Central os novos estados Checoslováquia, Finlândia, Letónia, Lituânia, Estónia e Jugoslávia "nasceram" depois da guerra e os estados da Áustria, Hungria e Polónia foram redefinidos. Pouco tempo depois da guerra os Fascistas tomaram o poder na Itália e o nazismo acabou por ascender na Alemanha quatorze anos depois.


História


A crise de Julho e as declarações de guerra


Após o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando em 28 de Junho, o Império Austro-Húngaro esperou três semanas antes de agir. Essa espera foi devida ao fato de que grande parte do efectivo militar estava a ajuda a colheita. Em 23 de Julho, graças ao apoio incondicional alemão (carta branca) ao Império Austro-Húngaro foi mandando um ultimato à Sérvia que continha várias requisições. O governo sérvio não aceitou a participação de agentes austríacos, o que na opinião sérvia constituía uma violação de sua soberania.


Em 26 de Julho, o Império Austro-Húngaro cortou todas as relações diplomáticas com o país e declarou guerra ao mesmo em 28 de Julho, começando o bombardeio à Belgrado (capital sérvia) em 29 de Julho. No dia seguinte, a Rússia, que sempre tinha sido uma aliada da Sérvia, deu a ordem de locomoção a suas tropas. Os alemães mandaram um ultimato ao governo russo para parar a mobilização de tropas dentro de 12 horas, no dia 31. No primeiro dia de Agosto o ultimato tinha expirado sem qualquer reacção russa. A Alemanha então declarou-lhe guerra. Em 2 de Agosto a Alemanha ocupou Luxemburgo, como o passo inicial da invasão à Bélgica e do Plano Schlieffen (que previa a invasão da França e da Rússia). A Alemanha tinha enviado outro ultimato, desta vez à Bélgica, requisitando a livre passagem do exército alemão rumo à França. O ultimato foi rejeitado e foi declarada guerra à Bélgica.


Em 3 de Agosto a Alemanha declarou guerra à França, e no dia seguinte invadiu a Bélgica. Tal ato, violando a soberania belga - que Grã-Bretanha, França e a própria Alemanha estavam comprometidos a garantir fez com que o Império Britânico saísse da sua posição neutra e declarasse guerra à Alemanha em 4 de Agosto.


O início dos confrontos


Algumas das primeiras hostilidades de guerra ocorreram no continente africano e no Oceano Pacífico, nas colónias e territórios das nações europeias. Em Agosto de 1914 um combinado da França e do Império Britânico invadiu o protectorado alemão da Togoland, no Togo. Pouco depois, em 10 de Agosto, as forças alemãs baseadas na Namíbia atacaram a África do Sul, que pertencia ao Império Britânico. Em 30 de Agosto a Nova Zelândia invadiu a Samoa, da Alemanha; em 11 de Setembro a Força Naval e Expedicionária Australiana desembarcou na ilha de Neu Pommern (mais tarde Nova Britânia), que fazia parte da Nova Guiné Alemã. O Japão invadiu as colónias micronésias e o porto alemão de abastecimento de carvão de Qingdao na península chinesa de Shandong. Com isso, em poucos meses, a Tríplice Entente tinha dominado todos os territórios alemães no Pacífico.


Na Europa, a Alemanha e o Império Austro-Húngaro sofriam de uma mútua falta de comunicação e desconhecimento dos planos de cada exército. A Alemanha tinha garantido o apoio à invasão Austro-Húngara a Sérvia, mas a interpretação de cada um dos lados foi diferente. Os líderes do Austro-Húngaros acreditavam que a Alemanha daria cobertura ao flanco setentrional contra a Rússia. A Alemanha, porém, tinha planejado que o Império Austro-Húngaro focasse a maioria de suas tropas na luta contra a Rússia enquanto combatia a França na Frente Ocidental. Tal confusão forçou o exército Austro-Húngaro a dividir suas tropas. Mais da metade das tropas foi combater os russos na fronteira, enquanto um pequeno grupo foi deslocado para a Sérvia.


A Batalha Sérvia


Os sérvios ocuparam posições defensivas no lado sul do rio Drina. Nas duas primeiras semanas os ataques austro-húngaros foram repelidos. Essa foi a primeira grande vitória da Tríplice Entente na guerra. O Império Austro-Húngaro foi obrigado a manter uma grande força na fronteira sérvia, enfraquecendo as tropas que batalhavam contra a Rússia.


Alemanha na Bélgica e França


Após invadir o território belga, o exército alemão logo encontrou resistência na fortificada cidade de Liège. Apesar de o exército ter continuado a rápida marcha rumo à França, a invasão germânica tinha provocado a decisão britânica de intervir em ajuda a Tríplice Entente. Para tanto, enviou um exército para a Bélgica, atrasando o avanço alemão.


Inicialmente os mesmos tiveram uma grande vitória na Batalha das Fronteiras (14 de Agosto a 24 de Agosto de 1914). A Rússia, porém, atacou a Prússia Oriental, o que obrigou o deslocamento das tropas alemãs que estavam planejadas para ir a Frente Ocidental. A Alemanha derrotou a Rússia (Segunda Batalha de Tannenberg-17 de Agosto a 2 de Setembro de 1914). O deslocamento imprevisto para combater os russos, porém, acabou permitindo uma contra-ofensiva em conjunto das forças francesas e inglesas, que conseguiram parar os alemães em seu caminho para Paris, na Primeira Batalha do Marne (Setembro de 1914), forçando o exército alemão a lutar em duas frentes.


A Guerra das Trincheiras


O arame farpado era um constante obstáculo para os avanços da infantaria. Ambos os lados começaram, a usar gás tóxico. Nenhum dos lados beneficiou grandemente com isso, mas eles tornaram a vida nas trincheiras ainda mais miserável tornando-se um dos mais temidos e lembrados horrores de guerra.


A alimentação era sobretudo à base de carne e vegetais enlatados e biscoitos, sendo os alimentos frescos uma raridade.


Fim da Guerra


A partir de 1917 a situação começou a alterar-se, quer com a entrada em cena de novos meios, como o carro de combate e a aviação militar, quer com a chegada ao teatro de operações europeu das forças norte-americanas ou a substituição de comandantes por outros com nova visão da guerra e das tácticas e estratégias mais adequadas; lançam-se, de um lado e de outro, grandes ofensivas, que causam profundas alterações no desenho da frente, acabando por colocar as tropas alemãs na defensiva e levando por fim à sua derrota. É verdade que a Alemanha adquire ainda algum fôlego quando a revolução estala no Império Russo e o governo bolchevista, chefiado por Lênin, prontamente assina a paz sem condições, assim anulando a frente leste, mas essa circunstância não será suficiente para evitar a derrota. O armistício que põe fim à guerra é assinado a 11 de Novembro de 1918.


Causas


Em 28 de Junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono Austro-Húngaro, e sua esposa, foram assassinados pelo sérvio Gavrilo Princip, que pertencia ao grupo nacionalista-terrorista armado Mão Negra ("Unificação ou Morte"), que lutava pela unificação dos territórios que continham sérvios.


O assassinato desencadeou os eventos que rapidamente deram origem à guerra, mas suas verdadeiras causas são muito mais complexas. Historiadores e políticos têm discutido essa questão por quase um século sem chegar a um consenso. Algumas das melhores explicações estão listadas abaixo:


Corrida Armamentista


A corrida naval entre Inglaterra e Alemanha foi intensificada em 1906 pelo surgimento do HMS Dreadnought, revolucionário navio de guerra.


Niall Ferguson argumenta que a superioridade britânica na produção naval acabou por transformar tal corrida armamentista em um factor que não contribuiu para a movimentação em direcção a guerra.


Este período, entre 1885 e 1914,[2] ficou conhecido como a Paz Armada.


Militarismo e Autocracia


. A tese é que a aristocracia e a elite militar tinham um controle grande demais sobre a Alemanha, Itália e o Império Austro-Húngaro, e que a guerra seria a consequência de seus desejos pelo poder militar e o desprezo pela democracia. Consequentemente, os partidários dessa teoria pediram pela abdicação de tais soberanos, o fim do sistema aristocrático e o fim do militarismo - tudo isso justificou a entrada americana na guerra depois que a Rússia czarista abandonou a Tríplice Entente. Wilson esperava que a Liga das Nações e um desarmamento universal poderia resultar numa paz, admitindo-se algumas variantes do militarismo como nos sistemas políticos da Inglaterra e França.


Imperialismo Económico


Lênin era um famoso defensor de que o sistema imperialista vigente no mundo era o responsável pela guerra. Para corroborar as suas ideias ele usou as teorias económicas de Karl Marx e do economista inglês John A. Hobson, que antes já tinha previsto as consequências do imperialismo económico na luta interminável por novos mercados, que levaria a um conflito global.


Nacionalismo, Romantismo e a "Nova Era"


Os líderes civis das nações europeias estavam na época enfrentando uma onda de fervor nacionalista que estava se espalhando pela Europa há anos, como memórias de guerras enfraquecidas e rivalidades entre povos, apoiados por uma media sensacionalista e nacionalista.


A Culminação da História Europeia


A guerra localizada entre o Império Austro-Húngaro e a Sérvia teve como principal motivo o Pan-eslavismo, o movimento separatista dos Balcãs. O Pan-eslavismo influenciava a política externa russa, principalmente pelos cidadãos eslavos no país e os desejos económicos de um porto em águas quentes.


Portugal na Primeira Guerra


Na primeira etapa do conflito, Portugal participou, militarmente, na guerra com o envio de tropas para a defesa das colónias africanas ameaçadas pela Alemanha.


Em Março de 1916 o antigo aliado português decidiu pedir ao estado português o apresamento de todos os navios germânicos na costa lusitana. Esta atitude justificou a declaração oficial de guerra a Portugal pela Alemanha, a 9 de Março de 1916.


As perdas atingiram quase 10 mil mortos e milhares de feridos, além de custos económicos e sociais gravemente superiores à capacidade nacional.


Consequências


Crimes de Guerra


A limpeza étnica da população Arménia durante os anos finais do Império Turco-Otomano é amplamente considerada como um genocídio. Com a guerra em curso, os turcos acusaram toda a população Arménia, cristãos em sua maioria, de serem aliados da Rússia, utilizando-se disso como pretexto para lidar com toda a minoria considerando-a inimiga do império.


Tecnologia


Muitos dos combates durante a guerra envolveram a guerra das trincheiras, onde milhares de soldados por vezes morriam só para ganhar um metro de terra. Muitas das batalhas mais sangrentas da história ocorreram durante a Primeira Guerra Mundial.


Neste conflito estiveram envolvidos cerca de 65 milhões de soldados e destacaram-se algumas figuras militares (o general francês Joffre, o general Ferdinand Foch, o general alemão Von Klück, general britânico John French, o comandante otomano Kemal Ataturk,).


A guerra química e o bombardeamento aéreo foram utilizados pela primeira vez em massa na Primeira. Os aviões foram utilizados pela primeira vez com fins militares durante a Primeira Guerra Mundial. Inicialmente a sua utilização consistia principalmente em missões de reconhecimento, embora tenha depois se expandido para ataque ar-terra e atividades ar-ar, como caças.






Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Guerra_Mundial

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